Se há coisa que me custa, mas custa mesmo, é ver resultados de pessoas que no lugar do cérebro têm cáca de galinha, que esperavam que lhe entregassem as respostas das perguntas para começar a escrever qualquer coisinha numa folha, e depois têm grandes notões. Não sei, mas se calhar até nas cuecas têm cábulas. E eu pergunto-me se é assim que tencionam ser bons profissionais de saúde. Não é inveja nem nada desses sentimentos mesquinhas, é uma constatação do que vi com estes olhos que um dia a terra há-de comer.
Preocupei-me tanto em fazer um material, literalmente perfeito, que me esqueci que tinha de estudar um bocadito. O resultado não foi mau, não foi óptimo, foi aceitável. Mas não me satisfaz. Nenhuma nota até agora me deixou satisfeita. Não sei se é burrice, se é o ambiente que se vive por vezes dentro de umas 4 paredes que eu só tenho vontade de apanhar o primeiro expresso e fugir para o meu lar, se é o facto de passar 3 horas e meia dos meus dias em transportes públicos, chegar a casa e não poder ir logo estudar, visto que há outras coisas que também têm que ser feitas. Não sei o que é. Sei que seria mais fácil se vos tivesse perto de mim.
O meu pai diz que vou ser a melhor Terapeuta do mundo e arredores, porque tenho um grande coração e não são as notas que ditam a prática. Sei que ele tem orgulho em mim, porque mo diz todos os fins-de-semana com uma lágrima prestes a cair do seu olho cor de mel, e não preciso que mais ninguém mo diga, não preciso de ser o orgulho de mais ninguém. Basta-me levar para Lisboa, a frase:
- És uma grande mulher. E um abraço.
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