Penélope, do alto das escadas, seguia a luta ansiosamente. Ela ainda não sabia quem era aquele valente que lutava assim por ela, mas pressentia-o. Custava-lhe a acreditar tamanha felicidade, tão habituada estava já ao sofrimento e à espera desesperada. Mas tinha de ser Ulisses, tinha de ser ele! Só ele lutaria assim desta maneira por amor dela!
E depois era já o povo todo que acorria e rebentava mesmo as portas, entusiasmado.
Era o povo que o queria ver, ajudar, lutar ao seu lado.
E depois era Telémaco, orgulhoso de seu pai e de si próprio.
E depois era Penélope que Ulisses abraçava para nunca mais deixar.
E depois era uma história
de um herói de mil façanhas
chamado U L I S S E S
que viveu aventuras e desventuras e aventuras e desventuras e aventuras por terras e por mares desconhecidos.
Tão grandes foram essas suas aventuras e desventuras, que ele teve de as continuar vivendo dentro de si próprio, contente por assim ir navegando na grande e inesperada aventura de se sentir feliz.
Ulisses, Maria Alberta Menéres