Nunca gostei do Carnaval.
Há uma grande festa de Carnaval aqui perto, em Sines, mas nunca foi coisa que me despertasse qualquer tipo de interesse. Muito pelo contrário!
Quando era pequena, havia a tradição de o pessoal
mai' novo juntar-se, sair à rua
assustadoramente mascarado e ir bater a todas as portas e portinhas, para receber qualquer coisinha, dinheiro, comida, bebida, doces, fruta. Ora, acontece que essa juventude
assustadoramente mascarada gostava de atormentar pequenotes como eu, logo, a minha pessoa encheu-se toda ela de medo dos mascarados, ao ponto de se esconder atrás das saias da bisavó e da avó, e da mãe a pôr, através da janela, dentro de casa porque eles estavam ali junto à porta prestes a aterrorizar as criancinhas.
Por isso, tomei tamanho medo a mascarados que ainda hoje se vir alguém com aquelas pinturas assustadoras ou máscaras de plástico sem olhos e mais não sei quantas, sou menina para desatar a gritar na hora.
No entanto, esta altura do Carnaval sabe-me bastante bem porque, do dito cujo, derivam umas mini-férias que podem ser passadas aqui no meu Alentejo. Que maravilha!