sábado, 26 de fevereiro de 2011

Para além da música potentíssima, ainda tem um videoclip de cortar a respiração



I was running into the cold light
Wondering where to go
To run away without you

All my fear is coming home
And it's ripped out from the soul
You can't be me, I will become you tonight

Pictures that I've been dreaming are coming down
They're changing my future
Visions I had buried underground
Returning to the future

I was wandering under black skies
Looking at what is mine
No control left to lose

Well, I thought that it wouldn't face me
But I'm worrying like a child, I feel so guilty
I'll make it up to you tonight

Pictures that I've been dreaming are coming down
They're changing my future
Visions I had buried underground
Returning to the future

The nightmares I've been having have arrived
The change in my future
The sounds of my creation at my door
How could you do this to her?

Pictures that I've been dreaming are coming sown
They're changing my future
Visions I had buried underground
Returning to the future.

Crush, Pendulum in Immersion, 2010

sábado, 19 de fevereiro de 2011

O amor bate sempre à nossa porta

     Hoje é dia de ser especialmente feliz! - pensava Ela enquanto comia scones com doce de cenoura, acompanhando com um chá de mel e canela.
     A vida corria-lhe bem. Tinha acabado de lançar um livro sobre tudo o que sabia e não sabia sobre o amor. Ela própria sabia que naquele livro mentia com todos os dentes que tinha. Dizia que o amor passava por várias fases, sendo que nunca se desgastava quando era verdadeiro, mas Ela nunca tinha vivido um amor, não podendo comprovar tudo o que dizia. Por isso mentia.
     Dizia Amo-te a quem queria dizer Até gosto de ti. Beijava quando só queria abraçar. Chorava quando as relações acabavam quando realmente queria sorrir e dizer Finalmente estou livre! Mas havia uma coisa que Ela sabia sobre o amor: - Não tenho de o procurar, na altura certa, no momento exacto, ele baterá à minha porta. Ela sabia que as pessoas procuravam o amor, e ele fugia-lhes, ou então durava pouco. Ela queria ser a princesa dos sonhos de alguém, e queria que isso durasse toda uma vida.
     Depois de comer o último scone, foi até casa, pensando que aquele dia seria só dela. Iria arranjar-se, vestir o seu melhor vestido, os seus sapatos mais caros e maquilhar-se naturalmente, para ela, para mais ninguém. Ao chegar a casa, pôs a sua mala no sofá de pele que a sua mãe lhe oferecera no Natal e a campainha tocou.
     Era o amor que lhe estava a bater à porta. Mal Ela sabia que o amor sempre estivera a seu lado, sempre fora seu vizinho. Cumprimentou-o com um brilho especial nos olhos, tal como o cumprimentava todos os dias, mas naquele dia soube que tinha sido realmente o amor que lhe batera à porta.
     De facto, naquele dia Ela foi especialmente feliz e aprendeu algo mais sobre o amor.
     Cedo ou tarde, o amor bate sempre à nossa porta, e às vezes, está mesmo à nossa beira.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Summer Time

Hoje comecei a aprender a ser mãe (para pôr em prática daqui a uns longos anos), que é como quem diz, tive a primeira aula de Pediatria. A professora tem um ar tão maternal e pelo menos a mim, soube cativar a minha atenção durante quase duas horas. O tema desta cadeira, diga-se, também ajuda bastante. Só faltam os Nenucos para praticarmos!

Tive uma imensa saudade de maquilhar alguém, como fazia no Verão sempre que ia sair com amigos ou simplesmente tomar um café no Clube de Ténis ou a outro sítio qualquer. Maquilhava-me e maquilhava algumas das minhas amigas. Na viagem de Finalistas isso também acontecia, todas as noites. Tenho saudades de festa. Tenho saudades de Verão. Quero chegar ao meu Alentejo e ser Verão, ver o mar da janela do meu quarto e dizer-lhe "Espera, vou já ter contigo!" e passar o dia inteiro na praia. Ir à Samoqueira e demorar uma hora a entrar na água. Ir a São Torpes apreciar surfistas (a arte em si, 'tá?) e comer areia quando há vento. Ir a Porto Covo comer um gelado na Marquês. Chegar a casa e dizer "Mãe, apanhei um escaldão" e ouvir um "Ai, ai, ai!" como se ainda tivesse 8 anos. Receber uma mensagem a dizer "Comé? Vamos beber um cafézinho?" e com o dito escaldão, vestir a menor quantidade de roupa possível e ir.
E ir... Vem depressa Verão, bem depressa, que eu já não posso com este Inverno Lisboeta!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Zé Povinho

Hoje, estou pior que estragada.
Acho muito bem que os funcionários da CP usufruam do direito à greve, que todos nós temos, já que vivemos num Estado Democrático, mas há limites, meus senhores! Está mais que visto que não é o excelentíssimo senhor engenheiro Sócrates que os meus senhores chateiam, e também está provado que por mais greves que façam a desgraça em que caímos continua. Resultado: acabam por chatear quem quer e precisa trabalhar, e quem quer e precisa estudar para mais tarde trabalhar. Lá por pertencermos à geração "À Rasca" não significa que queiramos ficar repastelados no sofá à espera que os estudos e os empregos venham ter connosco. Acontece que as ajudas que temos ultimamente são nulas. Zerinhos.
Hoje perdi duas aulas importantes porque não haviam comboios, e não tinha outra alternativa para ir até Alcoitão. Ontem tive uma sorte enorme, assim que cheguei à estação estava um comboio a partir, e não partia um há mais ou menos 3 horas. Era notória a falta de paciência e o aborrecimento das pessoas que iam no mesmo comboio que eu. Tal poderia ser entendida em frases como "Andamos nós a pagar o passe e depois não nos garantem serviço", "A minha patroa já me disse que ia descontar no ordenado, até parece que tenho culpa", "Estive 3 horas à espera que um comboio passasse". E com tanta falta de paciência, as pessoas acabam por serem extremamente mal-educadas e perderem todo o civismo que se espera de um ser vivo dito racional.
E agora Senhor Engenheiro? Eu não quero ficar com uma licenciatura como a sua. Nem eu, nem ninguém.
Como diz o meu pai - É sempre o Zé Povinho que fica a arder!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Regresso à rotina

E pronto, regressamos à casa fria onde o único som que se ouve é o da televisão, o da minha voz quando ligo aos papás e a loiça quando a estou a lavar e arrumar. Nada mudou.
Mas pelo menos saí de cabeça erguida do meu quarto de paredes cor-de-rosa forte e lilás, para este de edredon preto, paredes brancas e uma fotografia na parede que a Babe me tirou há uns valentes anos atrás. Sinto-me bem por saber que lá por casa tudo estabilizou, toda a gente ficou bem e voltamos os três ao trabalho amanhã. Não poderia querer absolutamente mais nada, só isto que tenho, eles ficaram bem, eu também estou bem.
A minha bisavó ficou a chorar, mas também ela chora quando eu venho para Lisboa e quando chego de Lisboa. Convidei-a para vir comigo passar esta semaninha, a resposta foi - Se eu fosse mai' nova ias ver se não ia! Mas assim não, filha. Pois 'vó - disse-lhe eu - Eu venho logo na sexta, a semana passa depressa. Enganei-a a ela e enganei-me a mim. Acreditámos as duas no que eu disse.

E agora vou mudar de assunto assim muito repentinamente. Ah e tal críticas para aqui e para ali por que nas universidades privadas "compram-se notas" e "têm a vida facilitada". Ai se eu voltasse a ver quem me disse isto no ano passado e em anos anteriores... Lavava-lhes a boca com sabão azul antes de falarem! Há quem goze um mês de férias entre os semestres, e há quem goze um fim-de-semana. Atenção que não me estou a queixar! Estou apenas a constatar um facto. Estou bastante bem assim. Não sei explicar isto muito bem, mas anda-me aqui um bichinho chamado Perturbações do Desenvolvimento da Linguagem, apelidado de PDL, a esmiuçar-me o sistema. Então não é que aquilo anda a despertar a minha motivação? Não é só pelo facto de termos estágio e de usarmos umas fardas lindas e maravilhosas que vieram directamente de Santo Tirso, é o próprio nome da coisa, "Perturbações da Linguagem". É uma coisa que me enche o olho. Não é algo como, "Sociedade, Saúde e Doença", isto enche o olho a alguém? Duvido. Mas PDL é assim daquelas coisas que se quer, e ajudando a isso, parece que é uma professora fantástica que tivemos no 1ºSemestre que vai ensinar a coisa. UAU! BOA! ESTOU TODA ENTUSIASMADA OUTRA VEZ! =D
Outra coisa que também me encheu o olhito foi "Pediatria", parece que serve para aprendermos a ser mamãs....... Daqui a muitos longos e largos anos! Cheira-me que isto até Junho vai ser bem mais interessante!

E agora vou para a cama porque esta casa é fria, e amanhã tenho que sair do quentinho da caminha às 6h da matina. Vou agarrar-me à Kim e ao Musti, e ver o Portugal Tem Talento, a ver se é hoje que o meu amigo violinista aparece todo pimpão! =P

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

De maneiras que...

Isto acabou, e acabou mal. O ponto da situação respeitante ao 1ºSemestre poderá ser descrivido num só adjectivo: Desastroso.
Domingo começa o massacre novamente. Malas para aqui, malas para ali, tarefas domésticas, tarefas escolares, quase 4 horas diárias em transportes públicos...

Só não desisto porque a minha mãe não deixa e o meu pai não quer.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Sem retorno

Demasiado azar num tão curto espaço de tempo. Não conto a ninguém, porque é quase impossível acreditar. Eu própria não acredito muito bem que isto tudo está a acontecer, por isso mesmo não conto a ninguém. Ainda sou capaz de ouvir "Ah está a arranjar desculpas para isto ou aquilo" e já me basta tudo o que se tem passado, só me falta mesmo bestas mesquinhas ou outro nome qualquer que essas pessoas têm. Até porque eu sou a primeira pessoa a querer paz na minha vida e na dos que me rodeiam. Como devem imaginar não gosto de estar mal, não gosto de chorar, não gosto de ver os outros chorar, não gosto de sair de casa por coisas más, gosto de ser feliz e de ver os outros felizes. Ao contrário de muita gente que por aí anda. Tenho dito.
Mau olhado, bruxaria, azar... Uma merda qualquer dessas. Mas já chega... Por favor já chega... Não sou capaz de aguentar tudo isto, esteja sozinha ou acompanhada, é demais para qualquer pessoa que se ache muito forte...
Se isto não passar sou mesmo obrigada a ficar aqui de vez e desistir de tudo.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

"E o buro sou sou?"

Bingo. Sou eu. Passo um dia inteiro agarrada, literalmente, a anatomia, a estudar o aparelho auditivo. A coisa corria bem até ao momento em que parei e pensei - Vou dizer a matéria, para ver se já sei isto tudo. Quando dou por mim, não sei nada. De um dia inteiro de estudo, de umas miseráveis 14 páginas, o que ficou foi que na parte petrosa do temporal estão os órgãos do equilíbrio e da audição e que neste último se distingue o ouvido externo, o médio e o interno. Sei que o nervo estato-acústico é o III Par Craneano e que uma das funções do sistema vestibular é a percepção de movimentos da cabeça. Como é óbvio, comecei a entrar em pânico visto que já estou a estudar à não sei quanto tempo e as coisas não entram. Muito bom, muito bom. Como comecei a panicar, e como já é habitual, sentei-me à janela do meu quarto a chorar que nem um bebé acabado de nascer, liguei à R. (um domingo, caramba! Desculpe :S) Como já vai sendo hábito, ela diz-me sempre o mesmo: - Tu já achas, ou melhor, tens a certeza que não vais conseguir, e como estás a pensar que não vais conseguir não te consegues concentrar e as coisas não te entram nessa cabeça dura. Toma e embrulha mulher, ouves isto todos os dias e mesmo assim não mudas!
Mas onde raio é que eu me vim meter?! Até em coisas que ouvi um ano inteiro da boca da Mimosa, e que era a minha disciplina preferida, agora tiro uma fucking nota, tipo...
Em relação a anatomia, será que há alguém que sabe mesmo aquilo tudo? Origens, terminações, funções e afins, tudo ali na ponta da língua? Talvez seja possível, mas não para mim. De todo!
Melhoras nem uma. Isto está bonito está... Amanhã ligo à R. outra vez, e terça tenho de passar por lá. Preciso mesmo...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Desabafos

Pelo meio de planos sagitais, de trompas de Eustáquio, de miocárdios e ventrículos, de dentes, de músculos, de pares craneanos, de formações reticulares, laringes, faringes, e afins... Dou por mim a pensar em como a minha vida mudou em apenas 4 meses. Mudei de casa, tornei-me dona de casa a tempo inteiro, sou caloira da melhor escola de re-habilitação do país, pelo menos a nível de prestígio, os ares poluídos de Lisboa fizeram-me de tal maneira mal que consegui passar metade destes 4 meses ou a gastar um maço de lenços por dia, ou a vomitar. Meus belos ares alentejanos, montes verdes e semeados, o mar ao fundo no horizonte, visto da janela do meu quarto.
Mas quando eu pensei que as coisas não poderiam correr pior, começam mesmo a correr. Foi como se tudo caísse aos meus pés e eu não tivesse força para levantar tudo sozinha. Às vezes, temos de deixar de ser filhas, e passar a ser mães das nossas mães. Julguei que era realmente o fim de tudo, o fim de um sonho que se havia tornado um pesadelo, o fim da minha restante sanidade mental. Aos poucos, muito lentamente, tudo se começou a recompôr, é certo que com ajuda externa, mas isso é um pormenor à parte.
Falta ainda muito para que tudo volte à tranquilidade normal, mas ver que tudo melhora, mesmo que seja pouco dia sim dia não, já me deixa feliz e com vontade de continuar.
Só peço que as coisas comecem a correr ligeiramente melhor a partir de dia 14, que não precise de tantos lenços nem para o nariz, nem para os olhos, que a força de vontade que eu tenho neste momento não seja abanada novamente por factores exteriores, e que... Sejamos todos muito felizes :').

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Zero ponto dois


=O A águia esmagou o dragón! Não posso deixar de dizer que é bem-feita, para não terem a mania que são os máiores e que ganham tudo e todos. Tenho um enorme respeito pelo Sporting, sobretudo pela má fase pela qual estão a passar e mesmo assim continuam na luta pelo título, mas o Porto... Não consigo. A minha pessoa não se consegue conter em relação ao F.C.P. Do Porto só marcha mesmo a francesinha. Peço desculpa.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Gosto#1

Gosto tanto, mas tanto de ir muito descansada no carro, a aproximadamente 60km/h, e de repente encontrar um quadriciclo, o chamado porra-velhos, mesmo ao meio da estrada! E quando nós queremos ultrapassar o dito cujo, este ainda se manda mais para outro lado. Boa.
Mas para além disso, ainda gosto mais quando as pessoas não fazem pisca nas rotundas e nós temos de adivinhar para onde os excelentíssimos desejam ir.
Adoro mesmo.